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24 de jul. de 2009

Carta à Gilberto Dimenstein

".... é como as mais variadas formas de violência como a falta de escola, de cultura, de lazer, de emprego, acabam gerando uma falta de perspectiva --e, nessa falta de perspectiva, combinada com a sensação de impunidade, está a raiz.
As periferias são usinas de marginalidade justamente porque não produzem perspectivas, o que impede os indivíduos de desenvolverem uma identidade e de se expressarem. No documentário, vemos que o motor do pichador é, de forma selvagem e violenta, escapar do anonimato e da invisibilidade." Fonte: Folha de São Paulo
Desculpe, Gilberto, mas você falou besteira e das grandes, além de ser preconceituoso ao extremo, como se na periferia houvesse somente marginal. A origem central do crime está no caráter do indivíduo e não em sua condição social. Se periferia fosse usina de marginalidade como você diz, Jardim Ângela, um bairro de São Paulo que teve o seu índice de homicídios reduzido, não teria conseguido tal feito. Marginalidade não vem da pobreza, vem do caráter e índole. Existe sim marginal pobre, mas também existe marginal estudado, formado e até com doutorado. É só Googlar, que achamos casos e mais casos de crimes praticados por jovens da classe média, média-alta (aqui). Ou como você justifica o crime praticado por Suzanne? Ou ela somente praticou tal crime porque seu namorado e seu futuro cunhado são pobres? E como você classifica o jovem marginal que invade a nossa conta via internet, e sabemos que temos uma das mais altas tarifas de internet do mundo? E também há muito pichador da classe média sim.
Desculpe, seu comentário foi totalmente infeliz e inoportuno. A periferia, a classe média e a classe alta tem bons e péssimos indivíduos. Perifeira não é só marginalidade.
Pense bem antes de escrever uma coluna.


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