C: E aí Frazão?
F: Bom seu Giovani ligou e a Dádi disse que a Senhora e a Rosa tinham ido junto com o Rodrigo comprar umas coisas para o baby. Ela só não sabe se o Seu Giovani acreditou pois estava muito nervosa durante a ligação. – Diz Frazão.
A: Ai Meu Deus. Espero que ele não desconfie e resolva ir para o apartamento. – Diz Preocupada D. Amália.
Claude, já percebendo a situação liga para D. Joana, pois Terezinha está trabalhando e Dinho no CT do Palmeiras.
C: D. Joana, a Senhora está no Casarão? – Claude sempre a chamava de Dona e a tratava como Senhora, apesar dos protestos dela.
J: Sim Claude. Por quê? Aconteceu alguma coisa? – Pergunta Joana preocupada. Nem se lembrou de repreender Claude pela forma como foi chamada.
C: Sim. Estamos no hospital. A Rosa deu a luz mas ela teve um problema e está internada na UTI aqui no São Luiz do Morumbi. Estamos preocupados com o Seu Givoani. Precisamos saber se ele foi ou não ao meu apartamento procurar D. Amália visto que ela ainda não falou com ele. Ele ligou para o apartamento mas a Dádi deu uma desculpa e não sabemos se ele acreditou. – Diz Claude temendo pelo Seu Giovani. Seu Giovani poderia passar mal com a notícia.
J: Sim, ele está aqui. Estou vendo ele brincar com os Netos de D. Antonieta – Diz Joana olhando pra Janela e vendo o velho brincando com a criançada.
Claude faz sinal para D, Amália que o velho está no Casarão.
C: Só um instante D. Joana.
C: D. Amália. Ele está no Casarão brincando com as crianças de lá.
A: Fala para a Joana chamar o Colibri e pede para ele fazer o velho contar as suas histórias de quando era criança. Assim ele se esquece do tempo. E chego lá para dar a notícia.
C: Boa idéia.
C: D. Joana, pede para o Colibri pedir para o Seu Giovani contar as histórias dele de quando era criança. Assim ele se distrai. E aí dá tempo da D. Amália ir até aí.
J: Certo. Vou fazer. Qualquer coisa liga certo? – Pede Joana preocupada.
C: Sim, mandaremos notícias. – Diz Claude desligando o telefone logo em seguida.
A: Doutore, eu vou lá pro Casarão. Assim que eu chegar lá e der a notícia eu aviso o Senhor. – Diz Amália.
C: Sim, me avisa, pq eu gosto muito do Seu Giovani também, além da Senhora. Você vai junto Frazão pra ver se eles vão precisar de alguma. – Diz Claude extremamente preocupado com tudo o que está ocorrendo.
F: Pode deixar Claude. O Rodrigo ainda não chegou, mas pegamos um táxi e vamos assim mesmo. Mas nos mantém informado também ok? – Diz Frazão.
Frazão e D. Amália saem e Claude acaba ficando sozinho. Ele empurrou Frazão pra ir com D. Amália porque não queria que o amigo o visse sucumbir pelo tamanho desespero que se apossava dele, apesar do pequeno alívio que sentiu ao ouvir as últimas palavras do médico.
Sentado no sofá da sala de espera da UTI do hospital, Claude, com o rosto entre as mãos, solta todo o choro que estava em seu peito. Chorando convulsivamente ele começa a se recordar de tudo o que viveu com Rosa. Em sua memória vem as imagens de banho de água que tomou de Rosa quando ela esbarra o vaso de flores, quando Rosa tenta apagar o incêndio no escritório, a lembrança da transformação, a satisfação de apresentá-la aos americanos depois de transformada, em como se sentiu bem ao lado dela na festa de noivado de Teresinha, o passeio no parque, etc. Ele lembrando de tudo isto lembra de duas músicas da Banda Elefante que ele gosta muito e que representa o que ele estava sentindo naquele momento e o que iria sentir se a perdesse para sempre:
Durmiendo Con La Luna
Aqui estoy entre el amor y el olvido
entre recuerdos y el frio
entre el silencio y tu voz
aqui estoy
viendo pasar los segundos
viendo pasar los minutos
viendo pasar el amor
aqui estoy con la sonrisa fingida
que me dejo tu partida
como un verano sin sol
Aqui estoy, sin la mitad de mi vida
un callejon sin salida, viendo la vida pasar
aqui estoy, cantandole a la fortuna,
soñando con tu cintura, con lo que
nunca sera.
Aqui estoy enredado con la duda,
durmiendome con la luna
despertando con el sol
aqui estoy, con la sonrisa fingida
que me dejo tu partida
como un verano sin sol
Aqui estoy, sin la mitad de mi vida
un callejon sin salida, viendo la vida pasar
#######
Volar sin alas
Es tan extraño estar así
Tan cerca y tan lejos de ti
Es tan difícil de pensar
Que nunca nada será igual
Es tan extraño comenzar
Cada mañana vuelve más
Es tan difícil de soñar
Futuro sé lo que no estas
Imaginar la vida sin tu voz
Es intentar vivir sin corazón
Imaginar que el cielo se quemo,
Que el mar entero se seco
Es querer volar sin alas
Es tan extraño continuar
En un planeta en que no estas
Es como querer respirar
Sin aire debajo del mar
Imaginar la vida sin tu voz
Es intentar vivir sin corazón
Imaginar que el cielo se quemo,
Que el mar entero se seco
Es querer volar sin alas
Imaginar la vida sin tu voz
Es intentar vivir sin corazón
Imaginar que el cielo se quemo,
Que el mar entero se seco
Es querer volar sin alas
Sem se dar conta, Claude chorando convulsivamente começa a caminhar e quando percebe está em frente ao berçário. Lá se lembra que em nenhum momento desde que o pesadelo começou se preocupou realmente com a filha. Olhando pela janela, percebe que há uma única criança lá. Chama a enfermeira e pergunta:
C: Esta criança é de que paciente?
Enfermeira: É filha da paciente Serafina Rosa Petroni Geraldi. O que o senhor é o do bebe? – Pergunta a enfermeira já imaginando que ele seria o pai.
C: Sou o pai. – Responde Claude chorando em um misto de felicidade e desespero.
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