Após a saída de Seu Giovani e D. Amália, Claude fica sentado próximo ao rosto de Rosa, fazendo afagos nos cabelos da esposa e olhando-a com ternura.
R: Claude, quanto tempo eu estou no hospital? – Pergunta Rosa assustada com as olheiras de Claude e o estado dele que dá a impressão que tem dias que ele não dorme.
C: Dois dias Cherry. Você ficou em coma induzido. Eu quase te perdi. E se eu perdesse você eu morreria junto – Diz Claude chorando novamente, mas desta vez era um choro de felicidade. Finalmente a calma estava entrando em seu corpo.
R: Meu Deus. Dois dias? Eu pensava que tinha sido algumas horas somente. – Comenta Rosa assustada. Agora entendia o estado de Claude.
Claude pára de chorar e dá uma suspirada grande como que tirando de seu corpo todo o desespero que ele sentiu nestes dois dias.
C: Mas sabe que tudo isto foi bom? – Diz Claude dando um sorriso lindo para Rosa.
Rosa não entende o que ele quis dizer e fica um pouco brava com o Francês, mas ela sabe que aquele sorriso é bom sinal.
R: Como pode ter sido bom hein Seu Francês de meia tigela? Eu quase morri viu?– Diz Rosa dando um leve beliscão na mão ele, mas ela colocou uma força maior que nem ela mesma esperava.
C: Ai Doeu viu? – Diz Claude. O pior é tinha doído mesmo pensa o francês, mas isto era bom pra ele, pois era a prova que precisava para ter a certeza que Rosa estava bem.
R: Ai Desculpa amor. Mas porque foi bom tudo isto? Eu quase morri e você quase pira com tudo isto. Sério que até agora eu não entendi o que isto teve de bom. – Diz Rosa.
C: É que eu percebi o quanto eu te amo Cherry – Diz Claude olhando nos olhos de Rosa
R: Hãn, como que é? – Olha Rosa incrédula para o Francês.
“Ai Mon Dieu, acho que falei besteira. Você novamente colocando os pés pelas mãos, né Claude? Se não fosse Rosa em sua vida.” Pensa Claude se preparando para ouvir as broncas de Rosa e que não seriam poucas.
R: Então quer dizer que você não me amava antes? Aquilo que você falou no Heliponto logo após a morte do Egídio foi mentira? E o casamento na igreja foi uma mentira também? Que você se casou comigo na igreja só porque eu virei a presidente da construtora? – Fala Rosa chorando. Ela só não desejava morrer porque agora tinha uma filha.
C: Non é nada disso Rosa. Eu só descobri que o meu amor por você é muito, mas muito maior do que eu podia imaginar. Se existisse um medidor de o quanto a gente ama uma pessoa, acho que eu o quebraria, porque o meu amor por você é maior que o limite do medidor. Meu amor por você é maior que o universo. Eu simplesmente não sei viver sem você. EU TE A-MO SE-RA-FI-NA. – Diz Claude torcendo pra Rosa acreditar nele e dando beijos no rosto de Rosa.
Rosa estava com o rosto virado ao contrário da direção de Claude. Ela tinha entendido o que Claude quis dizer nesta explicação e por dentro estava pulando de alegria e felicidade, mas não iria dar este gostinho de vitória ao Francês. Iria provocar um pouco ele. Estava chorando, mas era de felicidade, mas deixaria o francês pensar que era de raiva, tristeza e mágoa. Sem olhar para o francês diz:
R: Não acredito em uma única palavra do que você me disse agora. Você nunca me amou não me ama agora e nunca vai me amar. Você só mente Claude. Como posso ter a certeza que você realmente me ama? Eu quero o DIVÓRCIO – Diz Rosa frisando a palavra divórcio e sem coragem de olhar para Claude, pois estava com medo se foi longe demais na brincadeira.
Claude entra em desespero.
C: Rosa olhe para mim, por favor. – Diz Claude que vira delicadamente o rosto da esposa para a sua direção.
Rosa acaba olhando para Claude e se assusta com a reação do francês. Era a reação de um homem derrotado e desesperado. Ela vê que foi longe demais com a brincadeira.
C: Rosa, eu sempre te amei, mesmo quando não sabia ainda que te amava, eu te amo e vou te amar sempre. Você é a mulher da minha vida. Eu só não tinha idéia da dimensão deste meu amor por você. Na realidade eu não tenho. O meu amor por você é mais forte que eu. Eu não posso te perder. – Diz Claude desesperado olhando pra Rosa de um jeito que a faz se arrepender até a última célula de seu corpo da brincadeira.
Rosa, agora realmente séria e triste pela própria brincadeira que tinha feito, mas feliz por ter a certeza do amor de Claude diz:
R: Claude me desculpe de verdade, eu entendi sim o que você quis dizer quando explicou que o seu amor por mim é muito maior do que você mesmo imaginava. Quando você disse que tinha descoberto o quanto me amava eu realmente não tinha entendido e fiquei brava e triste realmente achando que você tinha me enganado todo este tempo, mas depois você explicou e eu entendi mas só que quis fazer uma brincadeira com você mas acho que fui longe demais. EU TE AMO seu Francês de meia tigela. – Diz Rosa fazendo carinhos no rosto de Claude.
Claude segura a mão de Rosa e a beija delicadamente.
C: Ufaaaaaaaaa! Mas se você fizer mais uma brincadeira destas, você vai ficar viúva cedo, porque meu coração não agüenta, viu seu Furacón Italiano? Não devia te perdoar, mas te perdôo sim porque o meu amor por você me impede de ter qualquer raiva de ti. – Diz Claude sorrindo e beijando Rosa. Beija o rosto, a mão. Rosa começa a retribuir os beijos também e ambos por um segundo e por todo o tempo do mundo (adivinhem de onde tirei este trecho pessoal?) se esquecem que estão em uma UTI de hospital. Só voltam a si quando o monitor ao lado de Rosa começa a apitar de forma irritante, avisando que uma conexão ligada a ela tinha se soltado.
Com o barulho, a enfermeira e o médico voltam para Rosa. O médico diz:
M: Vejo que a senhora está mais calma e se recuperando MUITO BEM. Diz o médico.
A frase e o frisar MUITO BEM fazem Claude e Rosa corarem de vergonha.
M: Estamos desde quando você internou burlando algumas regras aqui. Deixando o seu marido e seus pais mais tempo que o normal aqui na UTI e ficando mais de 2 pessoas no horário de visita, mas agora que você está melhorando podemos voltar às normas. – Diz o médico, deixando Claude e Rosa incrédulos pela generosidade do médico.
C: Doutor, se tiver algum problema, eu me responsabilizo viu? Não quero causar problema algum para você ou sua equipe. – Diz Claude.
M: Não, não há problema algum. Só estou aplicando extra-oficialmente uma teoria minha de internação em UTI humanizada, onde a presença de pessoas queridas pelo paciente pode melhorar o quadro clínico. Óbvio que se o quadro for extremamente grave e com risco alto não podemos aplicar esta teoria, mas em casos como o de Rosa sim.
Claude e Rosa sabem que o francês terá que sair da UTI, mas ainda assim olham para o médico. O médico percebe o pedido e diz:
M: Só um minuto viu? A enfermeira vai cronometrar, porque se não, o seu marido fica aí até a sua alta. – Diz o médico quase rindo e fazendo Rosa e Claude rirem e corarem de vergonha.
O médico sai, mas a enfermeira de longe fica olhando para controlar o tempo.
C: Bom Mon Amour. Eu vou sair, mas estou aqui perto. Vou finalmente comer alguma coisa que só agora estou com fome – Diz Claude dando beijos em Rosa.
R: Você não comeu nada nestes dois dias?? – Pergunta incrédula Rosa. Rosa realmente se assusta, pois Claude era uma verdadeira draga em matéria de comida. Vivia pedindo lanches para Janete (Escondido de Rosa óbvio. Tinha até esquema especial de entrega para Rosa não saber) e em casa viva atacando a geladeira (também escondido de Rosa). Se não era Rosa para controlar e academia ele já teria virado uma bola ambulante. Pra ele não comer era sinal que ele REALMENTE tinha ficado desesperado.
C: Viu Rosa, o meu desespero foi tanto que nem fome eu tinha. Mas não quero esta forma de emagrecimento viu? – Diz Claude enquanto vai beijando Rosa que não consegue nem responder porque o que mais quer neste momento é beijar o marido.
De longe a enfermeira que controla o tempo da visita de Claude suspira e pensa: “Jesus, que mulher de sorte, além de lindo, completamente apaixonado. E no meu caso, em uma chuva de Francês como aquele cai no meu colo um pobre, feio, desdentado e desempregado. Realmente tem mulher que tem sorte”
E: Bom, acabou o tempo de visita. – Diz a enfermeira.
C: Cherry – Beija Claude
R: Fala amor – Beija Rosa.
C: Já disse hoje que te amo? – Beija Claude
E: Não quero atrapalhar, mas já atrapalhando. Acabou o horário da visita – Atravessa a enfermeira.
C e R – Desculpa – Dizem completamente sem graça Claude e Rosa.
Claude vai saindo quando Rosa fala:
R: Você não me disse hoje que me ama – Diz Rosa jogando um beijo com a mão.
Claude simula que pega o beijo e que beija o beijo e joga no ar para Rosa pegar e diz:
C: Eu te amo Serafina Rosa Petroni Geraldi, Meu Furacón Italiano. – Diz Claude sendo “delicadamente” conduzido pela enfermeira até a porta.
R: Eu também te amo meu pão francês – Diz Rosa com um sorriso vendo Claude saindo da UTI.
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